Sofro de uma paixão adolescente por Lisboa. Encho-me de ternura pelas ninharias, o primeiro eléctrico avistado entre duas ruas, uma montra do talho com a carne pendurada e os cartazes verde-fluorescentes a anunciar o preço dos peitos de galinha, carne picada e pianos. Desculpo-lhe as manias, essa de nos autocarros chamar ISEL a Chelas e a de se ter escondido em neblina na primeira tarde em que a fui ver ao miradouro da Graça. E comovo-me até às lágrimas enquanto o comboio sai de Santa Apolónia devagar. Lisboa linda, lisboa, lisboa.
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