da manhã.
acordo e não luto contra o sono. tenho aquela sensação de há oito anos atrás, quando fui para o canadá. a sensação de que a minha vida vai mudar, de agora para daqui a mais umas horas.
por isso, não luto contra o sono. acendo a luz, pego no saramago e acabo de o ler. este já não vai comigo.
uma por uma, as coisas vão ficando feitas. como cortar as unhas, porque o hábito de as roer ainda não está tão longe que hoje, quando estiver à espera da bagagem à chegada, ou na fila da imigração, não as roa até ao sabugo.
é a penúltima linha da minha morada, enquanto aprendo matemática no MIT.
terça-feira, agosto 23, 2005
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