é a penúltima linha da minha morada, enquanto aprendo matemática no MIT.

domingo, janeiro 28, 2007

saturn-day

As costeletas de carneiro pegaram fogo no forno, mas ainda assim peguei-lhes à mão, ferrei-lhes o dente e ainda lambi os dedos, que há coisas que se comem assim.
Depois do almoço, wii-ganhei no bowling e no baseball, mas perdi no ténis.
E laranjas vermelhas para o lanche.

hoje num jantar com portugueses, a comer queijo e vinho e pão, essas coisas que fermentam

:)

ontem numa festa com americanos, a falar sobre queijo e vinho e pão e outras coisas que fermentam

"You know, europeans, and fermentation, that's their thing, fermentation is their thing."

sexta-feira, janeiro 26, 2007

-14ºC, feels like -23ºC

A segurança civil cá do sítio avisa:

THESE WIND CHILL EQUIVALENT TEMPERATURES WILL RESULT IN FROST BITE AND LEAD TO HYPOTHERMIA IF PRECAUTIONS ARE NOT TAKEN. IF YOU MUST VENTURE OUTDOORS... MAKE SURE YOU WEAR A HAT AND GLOVES... AS WELL AS LAYERED CLOTHING.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

state of the union

O que o nytimes nos diz: o presidente arbusto disse iraque 34 vezes no seu discurso à nação, ontem à noite.
O que o nytimes não nos diz: ele disse woodchips and grass uma única vez.

terça-feira, janeiro 23, 2007

branco

Neva desde ontem ao fim da tarde. Lá fora, branco. Sabem, quando está mesmo frio, pisar a relva faz barulho, porque ela está congelada. E quando neva, pisar a neve faz outro barulho, esmagada debaixo dos meus passos. E às vezes quando neva, como ontem à noite, alguns flocos congelam em cristais de gelo quando chegam ao chão, e ficam brilhantes, e o chão fica cheio de estrelas. E os dias em que neva têm um som diferente. Não é o som da neve a cair, é a ausência de outros sons. A neve abafa, fica tudo mais silencioso. Eu gosto do inverno assim.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

o meu roommate é surreal 5

(mas é um querido também)

Está de férias 3 estados abaixo deste. Mas veio a Boston no fim-de-semana encontrar-se com o orientador. E cozinhar para mim. Tenho uma panela de sopa e um taparuére* cheio de "arroz americano" no frigorífico, cortesia do homem que mora cá em casa.

*há alguma maneira decente de escrever esta palavra sem ser em inglês?

domingo, janeiro 21, 2007

quente

Os dias em Boston tenho-os passado barricada no meu quarto, que é a divisão mais quente da casa. Mas entretanto já fui passar um dia a nova iorque, andar a pé debaixo da primeira neve, e descer a broadway dentro de um táxi amarelo. Tenho os sonos desencontrados e os vizinhos de cima fazem festas todas as noites. Hoje aqui no meu quarto resseco-me com o aquecimento central e hidrato-me com uma garrafa de água na mesa de cabeceira. Leio os livros que trouxe de portugal e penso em começar a estudar. Sinto-me pela primeira vez em hibernação, ainda bem que há comida no frigorífico. Para amanhã que é segunda feira planeio ir para a universidade, ver gente e acabar com esta modorra, tão morna e tão boa, mas tão pouco produtiva.

quarta-feira, janeiro 17, 2007

frio

Está frio, sim. Ainda não pus o nariz fora de casa hoje. Está mesmo frio. O dia mais frio em Boston desde há não sei quantos anos. Ai. (daqui a pouco vou à rua, para o costumeiro jantar de quarta-feira em casa dela)

(em diferido)

Lisboa, 8:00, hora local.
Ainda não levantámos vôo, nevoeiro e trânsito, dizem eles. Para mim, já não é Portugal, o meu país acaba depois de passar o controlo de segurança, quando me volto para trás só mais uma vz, e vocês ainda acenam, e eu sorrio e aceno também. Mas, pai, mãe, o meu país acaba aí, e eu choro em cada partida, logo depois de sorrir e acenar só mais uma vez.

Paris, 11:30, hora local.
Do lado esquerdo, para lá da janela, um Boeing 747-400 estacionado, à espera. Do lado direito, uma fila de gente em pé, passaporte e bilhete na mão, à espera. Deixo-me ficar sentada e espero, não há mais nada a fazer. Há qualquer coisa de calmante nos aeroportos, deve ser esta inevitabilidade da espera, pela hora de embarque, pela nossa vez na fila, pela vez do avião na fila para descolar. Se alguma coisa se atrasar não há muito a fazer, espera-se, espera-se e espera-se, lá havemos de chegar.

terça-feira, janeiro 16, 2007

do lado de cá

Cheguei bem, mas com uma mala a menos, uma chegou comigo, a outra ficou a pernoitar a paris. Está um frio como já não me lembrava. Amanhã, -13º a -6º. Dentro de casa, 18º.

segunda-feira, janeiro 15, 2007

quase mesmo quase

As malas estão à porta, só falta pôr o computador na mochila.
E dormir, pelo menos umas horas.
Até já.

quase quase

A mala está feita, as despedidas quase também. Foi um dia calmo, com o tempo a passar devagar, com tempo para tudo. Falta o jantar com os meus pais e o café com os amigos, é assim o hábito.

O mundo do lado de lá volta a encaixar-se para me receber, terei uma amiga com carro à espera no aeroporto, que se ofereceu para ir dormir lá a casa amanhã enxotar o vazio da primeira noite, tenho planos para o jantar de quarta-feira e o roommate chega lá para quinta ou sexta.

domingo, janeiro 14, 2007

quase

Custa-me sempre isto de partir. Estes últimos dias, tão cheios das coisas que quero fazer e das pessoas que quero ver, são também irremediavelmente cheios de nostalgia, como se estivesse continuamente a dizer adeus.

saturday afternoon

Cada vez que digo, sim sim, volto no verão, até lá, um abraço grande, adeus, aperta-se-me qualquer coisa cá dentro, há bocado disse-o por telefone ao meu avô e não pude conter as lágrimas, isto de ir embora uns meses não é nenhuma tragédia, mas ainda estou bem longe de me habituar às partidas.

laranja-transtejo

quinta-feira, janeiro 11, 2007

back to math

Ontem enchi-me de coragem, e fui com um amigo* para perto do rio, estudar.


tony and I

Foram só umas páginas, o que custa é começar, é tempo de voltar ao trabalho.
Mas ainda em modo play: 1,2,3.

birdie knows math

* o amigo não é o pássaro, embora tenha nome de pássaro. O pássaro, por outro lado, tem nome de gente, chama-se tóni.

segunda-feira, janeiro 08, 2007

lx

Nas costas de um bilhete de autocarro expresso escrevinhei um calendário desta semana, e em cada dia o que está agendado. Almoço com, lanche com, jantar com, passar o dia com, ir sair à noite com, consulta no médico, ir ver a exposição tal, isto e mais aquilo.

old

Mas no meio disso tudo, comprazo-me com o luxo de descer a pé a avenida da liberdade, devagar, chegar à baixa e espreitar uma igreja qualquer, entrar na fnac e na bertrand, há sítios em lisboa que me devem conhecer tão bem como eu a eles, de tanto por lá passar deve haver um rasto qualquer, restos da minha presença, cruzada e descruzada com as das outras pessoas todas, lisboa lisboa lisboa.

domingo, janeiro 07, 2007

como se fosse definitivo

Hoje foi-me dito, se acredito ou não não sei, mas quero lembrar-me, quando te mudares para um lugar, muda-te como se fosse definitivo, e não só temporário.

07/01

Vejo a data de relance no relógio do carro: 07/01. Leio, 1 de Julho. E um segundo depois, ah, 7 de Janeiro. É a assimilação cultural?

quinta-feira, janeiro 04, 2007

leite com mel

Senhores, há um bar em Lisboa, não muito longe do bairro alto, senhores, um bar, e não é daqueles fraquitos, senhores, é daqueles que à meia-noite a uma quinta feira está cheio de gente, senhores, e sabem o que bebi eu nesse bar, sabem? Ah pois é, leitinho quente com mel (e limão e canela). Eu, num bar quase no bairro alto, a beber leite quente com mel, como me faz a minha mãe e me traz à cama quando eu estou doentinha, senhores, isto numa quinta-feira à noite, ali mesmo ao bairro alto.
No entanto, o copo colocado em cima duma base daquelas de cartão, com uma fotografia de uma cerveja qualquer, salve-se qualquer coisa da honra do bar, e saí com o cabelo a cheirar a fumo, portanto está certo, era um bar sim senhora, só que eu bebi, estava na lista e eu pedi e soube-me mesmo bem, leite quente com mel. E limão e canela, pois sim, mas leite quente com mel, como o da mãezinha.
É preciso ter coragem, digo eu, para se ser um bar e ter assim, na lista de bebidas, nem estava ao lado dos chás e cafés nem nada, era ali mesmo ao pé das outras bebidas, leite quente com mel, ora essa.
Se eu vou lá para o estrangeiro dizer estas coisas ninguém me acredita...

quarta-feira, janeiro 03, 2007

luz

Passei a tarde de ontem a deambular por Lisboa com uma amiga. Disse-me ela que esta luz de Lisboa, aquela amarela amarela, mas qualquer coisa de quase cor-de-rosa, que só há em alguns dias, e em menos sítios ainda, é tão rara, que os senhores que fazem as máquinas fotográficas não põem pré-definições para a conseguirmos fotografar decentemente, temos nós que fazer os ajustes manualmente, white balance e mais não sei quê, se queremos capturar aquela cor de modo realista.
Ó senhores que fazem máquinas fotográficas, eu trocava ali a pré-definição do underwater da minha máquina por um lisboa-only num instante, até porque não tenciono levar a máquina para debaixo de água, coitadinha, molhava-se e ela não gosta disso. O ícone podia ser, em vez dos peixinhos, uma torre de belém, ou assim. Isso arranja-se?

lá está

Estamos com um bloqueio, ai estamos estamos, nunca mais escrevi nada de jeito, é só curtas... Ainda bem que Portugal é fotogénico.

11:55, 00:05, 5:00

2006

2007

5am

segunda-feira, janeiro 01, 2007

2006,7

Entro em 2007 às gargalhadas. É digno de refrescar o talo*!


*tentativa falhada de adivinhar "fresco como uma alface" no pictionary.
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