é a penúltima linha da minha morada, enquanto aprendo matemática no MIT.

terça-feira, janeiro 31, 2006

em vez do telefonema a dizer que cheguei,

a posta no blog a dizer que cheguei.

schiphol (para a catarina p e para o gonçalo p)

os aviões da klm deslocam-se como lentos paquidermes azuis. até levantarem vôo, claro, e então deslocam-se apenas como aviões.

segunda-feira, janeiro 30, 2006

2:18

mala fechada, despedidas feitas (...) , vou dormir. daqui a duas horas tenho que estar acordada novamente. ai.

domingo, janeiro 29, 2006

calendário

Segunda-feira é dia de fazer a mala, terça-feira é dia de voar, quarta-feira é dia de desfazer a mala.

Nevou

hoje em lisboa (e a bem dizer em quase todo o país)!! Vi à janela, e fui à rua ver melhor, e depois voltei para dentro, para a lareira, para o chá e para as primas. Para que fique registado, foi em 2006 que vi nevar em lisboa. E já tenho resposta diferente para a pergunta "lá de onde vens nunca neva?".

Em boston hoje não nevou. Mas para terça feira neve, e diz "check flight delays". Mau...

segunda-feira, janeiro 23, 2006

votei num,

ganhou outro. Não gostei. Faltou um bocadinho assim para eu ter que me abster daqui a três semanas. Custou-me isto de ser por tão pouco.

Diz a nova inquilina de minha casa, num email:
"Ana - congrats on your new President! I heard about it this morning on German radio, so I think I got it right....she came away with a surprising majority of the vote, right?"
Tenho que lhe explicar umas coisas.

domingo, janeiro 22, 2006

"vote em quem quiser, mas vote"

eu já fui votar, e vossemecês?

quinta-feira, janeiro 19, 2006

da campanha

Sempre que vejo um cartaz do Jerónimo (daqueles em que não aparece o apelido), algo dentro de mim grita automaticamente Geronimo!!!

terça-feira, janeiro 17, 2006

melodramática

Às vezes tenho a sensação que nunca saí daqui, que nunca nada mudou.
Outras vezes, sinto que algumas mudanças já são irreversíveis, e que algo já se começou a ganhar e perder para sempre.


(e às vezes, à uma da manhã, fico muito melodramática)

quarta-feira, janeiro 11, 2006

escolinha

Aos meus 7 anos, mudámo-nos para lisboa, e mudei de escola outra vez. A minha era a sala dos arcos, mesa inclinada e cadeira de uma peça só, com um sulco para os lápis e um buraco desactualizado para o tinteiro, muitos desenhos e composições colados nas paredes, uma mini-biblioteca ao fundo da sala, e a dona suzete, doce doce.
Ao almoço, apertávamos o nariz para engolir a sopa de cigarro, caldo cinzento e couves a boiar, a ana cristina (melhor amiga, inseperável, linda, desenhava maravilhosamente, e já não a vejo há anos) e eu comíamos uma carcaça a meias e guardávamos a outra para dar aos pardais.

escolinha (aprender)

Hoje, voltei lá, com o pedro que afinal também lá foi aluno. Reconheceram-nos. Andámos à vontade pelos pátios e pelas salas:
está tudo mais pequeno. o telheiro está mais perto da minha cabeça, e o ginásio encolheu bastante.
a cozinha e a cantina ainda cheiram ao sabor da água nos copos de plástico (disse-me o pedro e é verdade).

lisboa

jardim da ajuda

ruínas do carmo

é possível não amar esta cidade?

(obrigada pardal, por me explicares as árvores)

domingo, janeiro 08, 2006

ele há coisas

que me fazem muito bem. Como ir tomar café à noite com amigos. E depois, recém-emigrante tonta, comove-me ainda isto de ficar com o cabelo e a roupa a cheirar a fumo de tabaco, que lá onde moro agora só se fuma na rua.

ele há coisas

que me fazem muito bem. Como estar perto de crianças, ver bolas de sabão, trautear músicas do fundo da memória e pegar num infante ao colo (é que fui ver o fungagá. da bicharada, pois ).

lá-lá-lá-lá-lá lá-lá-lá-lá-lá-lá-lá

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Vivi

em faro dois anos, os 4 e 5. Andei no jardim escola joão de deus. Aprendi a ler pela cartilha maternal, na primeira página em cima a e i o u, em baixo ai ui eu ia (sim, a cinzento e tudo), bibe azul, ao colo da professora, que tinha umas mamas generosas, a cabeça lá encostada enquanto aprendia a ler.

Ontem fui lá à escola matar saudades. A professora já lá não está (e dizem que emagreceu). Abriram-me a porta da sala do canto, onde eu tive aulas. Meninos e meninas sentadas, de bibe verde vestido, a olhar para mim, uma copo cheio de lápis de cor em frente a cada um.

A minha cartilha, ainda a tenho. Na capa, em maiúsculas e a caneta de feltro, escrevi o meu nome, da direita para esquerda, em espelho, como os canhotos fazem. Na contracapa, um autocolante da rolly patinadora.

para finalizar,

a coisa gastronómica da viagem de regresso: no canal caveira, sopa de legumes e sandes de queijo de serpa. pronto(s).

algarve - faro

cegonhas / storks

azulejo de igreja

galo de igreja

árvores amarelas

(ainda a coisa gastronómica: em faro fica um dos meus restaurante preferidos, a casa da ema)

algarve - ria formosa

Gosto da palavra sapal por causa da ria formosa, bonita, linda.

ria formosa


âncoras

(a coisa gastronómica: amêijoas e polvo estufado à beira-ria.)

alentejo

a meio do caminho, um passeio em ourique, ensopado de borrego e migas à alentejana.

blue window

view over ourique

nasceu

o guilherme. benvindo ao mundo, pá! (cuchi-cuchi-cuchi) :)

domingo, janeiro 01, 2006

pois é

Recebi um email da K., uma amiga de lá (lá, agora, significa Boston), que também atravessou o mar para vir passar as férias a casa. Diz ela:

Home is great :)))

Pois é.
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