As plantas para ter em casa oferecem-nas os pais, os tios, os amigos. Vamos visitá-los um dia, comentamos que aquela planta está tão bonita e acabamos a sair de casa deles com um raminho dentro um papel molhado dentro de um saco de plástico, que depois cresce na nossa casa, e de vez em quando dizemos, olha sabes, aquela planta que trouxe de tua casa, já tem duas folhas novas, ou já deu flores, ou não se estava a dar bem na sala, levei-a para perto da outra janela, que dá para sul, agora está muito melhor.
Por isso não me parece natural ir a uma loja e comprar uma planta num vaso para ter em casa, há uns dias entrei numa loja e saí de lá só com um ramo de flores, não fui capaz de escolher uma entre aquelas plantas anónimas.
Mas a pouco e pouco tudo se vai compondo, há uns dias a Céu prometeu-me um pedaço de uma planta dela, vou ter uma planta com passado, e hoje um amigo escolheu uma planta anónima por mim, violetas, é a minha prenda de anos, violetas, violetas, como as que temos em casa, pai, as folhas de veludo, as pétalas roxas e as pintas amarelas no meio, pai, como aí em casa, também aqui tenho violetas, violetas, violetas.
é a penúltima linha da minha morada, enquanto aprendo matemática no MIT.
terça-feira, setembro 05, 2006
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2 comentários:
Que post lindo, Ana Rita!
p e m, já tenho portanto mais umas quantas plantas para ver da próxima vez. :)
espero que a minha aqui também cresça, apesar de não ter um sítio tão solarengo como a estante ao lado do sofá.
pardal, rícino? mmm...
xana, obrigada, e olha quem fala. ;)
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