Ontem ao jantar, a propósito de quantas vezes é que já apareceste no jornal, disse eu, apareci uma vez encostada a um tanque de guerra. Um tanque de guerra?! Sim, um dos que participou na nossa revolução, era um aniversário qualquer do 25 de abril e eu estava, criança, em pé à frente do tanque, o meu pai a tirar-me uma fotografia, e o fotógrafo a tirar uma fotografia ao pai a tirar uma fotografia à criança encostada ao tanque da revolução. Mas como é que vocês arranjaram tanques para a revolução? Ele sem perceber de onde vinham os tanques e eu sem perceber a pergunta, como, como assim? Eram os tanques do exército, havia tanques, pois então. E ele, ah, então foram os militares que fizeram a revolução, e eu sim, foram os militares, alguns militares, contra o governo, os militares estavam descontentes, havia guerra em áfrica, guerra colonial, triste, triste. Mas fizeram a revolução e depois não mantiveram o poder, nunca foi esse o plano nem o objectivo, foi a única revolução assim no mundo.
Diz-me ele, sabes, esta guerra no iraque é a primeira guerra americana em que os militares estão contra a guerra, fizeram uma sondagem entre os militares, e eles estão contra, nem na guerra do vietname foi assim. E pela segunda vez, um americano diz-me, e nós, porque é que nós não fazemos uma revolução assim também?
é a penúltima linha da minha morada, enquanto aprendo matemática no MIT.
terça-feira, fevereiro 27, 2007
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6 comentários:
Muito bem! Tal qual Che Guevara a espalhar a missiva da justiça social... Qualquer dia os americanos inda te deportam por isso...ou te enviam para Cuba!
Al Gore veio a Lisboa dizer das boas e bonitas, tal como faz no seu doc e em muitas conferencias,não sobre os americanos, mas directamente sobre ESTA administração.
Talvez "os americanos" se tenham que preocupar mais com eles próprios do que com este blog.
a minúscula diferença é que uma quantidade significativa de americanos votou DUAS vezes na pessoa que decidiu declarar guerra ao Iraque. Já no Salazar para primeiro minitro ou no Marcelo Caetano, nem por isso.
Deixa lá, Catarina, que se têm desforrado bem.
Agora votam nele que nem tordos, ou tolos, ou o que seja...
Agora já tens mais 1 vez, para acrescentar à tua vidinha de figura pública :)
eu comecei uma vez a explicar o 25, depois desisti...
mas fizeste bem em continuar! e' sempre bom ouvir coisas sensatas ;)
beijos
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