No sábado voltei a acordar às cinco da manhã. Ao abrir as janelas para arrefecer a casa com o fresco da manhã olhei lá para fora e ali mesmo, a uns metros da minha janela, na driveway do vizinho, estava um homem nu! Sim, completamente nu! Não sei qual dos dois ficou mais surpreendido, se eu se ele. Eu fechei a janela e fui-me barricar na única divisão sem uma janela, a casa-de-banho, até recuperar a compustura. Ele, mais rapidamente que eu, porque ainda tive tempo de ver a reacção dele, deitou-se no chão de barriga para baixo. Porquê deitar-se no chão em vez de se agachar atrás do carro mesmo ali ao pé, ou tapar as partes pudibundas com as mãos, não sei. Enfim. Não estava assim tanto calor que desse vontade de ir refrescar-se nu para a rua...
Mas isto não acaba aqui.
À tarde, fui buscar o meu roommate surreal à estação de comboios, veio passar o fim-de-semana mas esqueceu-se da chave. Se não tivesse esquecido a chave também ia buscá-lo à estação de comboios, que uma pessoa depois fica com saudades, mas isso agora não vem para o caso. O que vem para o caso é que, no sábado à tarde, a voltar para casa (claro que lhe contei logo no caminho sobre a bizarria do homem nu na rua às cinco da manhã), estamos mesmo mesmo a entrar, já passada a porta exterior, eu a abrir a porta interior com a minha chave, que ele esqueceu-se da dele, e ele olha pela janelinha e diz, está ali um homem nu a regar o jardim, e eu, não está nada, e ele, está está, e eu a pensar, está a gozar comigo só pode, estás a falar a sério?, e olho pela janelinha lá para fora, e a uns metros dali, com um ar naturalíssimo, está um homem nu a regar o jardim da casa ao lado, completamente nu!
Pronto, é isso. Só pode ser o mesmo homem. Nu. E pela naturalidade com que regava o jardim da casa ao lado (continuou a regar as flores durante mais um bom bocado) aquilo só pode ser o jardim dele. Ou isso ou é o bom samaritano nu dos jardins cá do bairro.
Ah, o fim-de-semana a matar saudades foi muito bom, obrigada.
é a penúltima linha da minha morada, enquanto aprendo matemática no MIT.
domingo, agosto 05, 2007
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2 comentários:
E' de louvar! Um homem ja' nao pode regar o seu jardim como veio ao mundo? O estranho e' usarmos roupa :-)
A ideia de ter um homem nu a passear pelo bairro a regar os jardins alheios é absolutamente brilhante!!
Alguém patenteie isso que, para mim, isto vai vender mais que hula hoops!!!!
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