A conferência era numa universidade mas eu fiquei foi perto de outra, que é onde tenho ordens para ficar sempre que quiser.
Sábado conferência, domingo conferência. Começo a conhecer as caras das pessoas do meu campo. Digo isto no sentido mais restrito da palavra campo. Não falo de gente que faz matemática, nem de gente que faz geometria, nem sequer de gente que faz geometria simplética, e agora já consegui perder quase 100% dos leitores. Para o mestre Nelson e para quem me lê da minha alma mater, como se diz aqui, digo que era a special session on invariants of Lie group actions and their quotients. Mas como eu dizia, começo a conhecer-lhes as caras, os nomes, e no fim perguntamos, e vais, em janeiro?
Segunda matemática minha, terça matemática minha. Minha cada vez mais nossa, são esses os planos. Em matemática trabalha-se muito sozinho mas não sempre. E eu quero o não sempre já agora. Daí os planos de viagens regulares à margem deste lago, onde babysitter é condição necessária e quase suficiente para o trabalho.
Aqui trabalha-se com mais estilo, com chás gourmet e vista para o jardim. Junta-se o útil ao agradável, conversas e risos e ver a E. crescer, fala tanto desde o Verão, diz panha e isso é apanha ou perna ou o último nome dela.
E ao fim da tarde desço até ao lago, sento-me num tronco caído e telefono ao meu americano, que tem saudades de me ter em casa e vai fazer bolachas.
é a penúltima linha da minha morada, enquanto aprendo matemática no MIT.
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3 comentários:
o teu americano faz bolachas? o meu tuga faz(ia) pão... bons tempos.
lol
faz bolachas e faz pão! à mão, sem máquina :)
nada mau!
eia, a tua matemática é mesmo ao lado da minha matemática! Uau! :)
Se alguma vez te cruzares com álgebras-G*, modelo de Weyl de Cohomologia equivariante ou representantes universais de classes de Thom, apita e eu mando-te o pdf da minha tese. O juri disse que estava muito pedagógica e acessível! ;)
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