Estou num quase mosteiro, um instituto de investigação matemática algures no meio da floresta negra, na alemanha. Há uma eficiente mão invisível que toma conta de todas as necessidades
dos visitantes: a cama aparece feita e o quarto arejado, as refeições são servidas a horas certas (pequeno almoço às oito, almoço ao meio-dia, lanche entre as duas e as cinco, jantar às seis e meia, ceia a partir das oito), tudo o mais que se possa querer está disponível em honor system (leve e pague o preço indicado na caixinha), desde postais e selos a bolachas ou garrafas de cerveja, ou pode ser pedido à secretária super-eficiente, desde um adaptador de corrente a agulha e linha*.
Os quartos são espaçosos e confortáveis (chão de mármore preto na casa de banho, fancy!), mas espartanos. O único elemento decorativo é uma janela gigantesca, de parede a parede e de alto a baixo, com vista para a floresta.
Com uma deliberação e eficiência germânicas, a mão invisível leva-nos a ser produtivos. Aqui, não há nada para fazer senão dar passeios a pé e trabalhar.