Às vezes, a viver aqui, lembro-me de como foi ser AFSer no Canadá.
Tinha 16 anos, agora tenho mais oito. Vivia com uma família, agora vivo, na prática, sozinha. Ia ficar por 10 meses e depois voltar, aqui é para ficar 4 ou 5 anos, mas volto já daqui a dois meses. Lá foi uma experiência cultural com uma duração alargada, aqui é formação académica.
Tento lembrar-me do que aprendi à partida. Dos gráficos de altos e baixos na felicidade (lua-de-mel, à chegada, bem alto, durante pelo menos um mês; choque cultural, em descida; saudades, descendo ainda mais, até depois do natal; e finalmente, adaptação e integração, subida lenta mas estável, até ao fim dos 10 meses). Não sei transpor isto para esta escala de tempo.
Tento observar-me. A euforia da chegada durou uma semana, o período descendente umas três semanas, devo estar agora na lenta subida. Olho para o que escrevi, a tentar avaliar estas divisões, e vejo que me fiz de forte em alguns sítios lá atrás. Já segurei lágrimas, já me tremeu a voz ao falar, já chorei antes de dormir. Notou-se?
Já agora: um texto de uma AFSer italiana que viveu um ano na Tunísia.
é a penúltima linha da minha morada, enquanto aprendo matemática no MIT.
terça-feira, outubro 11, 2005
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4 comentários:
Às vezes notou-se... Viver sozinho, mesmo sozinho, a princípio assusta. Um beijinho.
tia são, cau, agora já passou. eu não estava à espera que fosse tudo fácil, estava à espera destes altos e baixos na felicidade, e na realidade, fiquei positivamente surpreendida por esta fase se ter passado tão rápido. este texto foi simplesmente uma constatação do facto de que passou. a sério, estou bem, creio mesmo que o pior já passou (pelo menos por este breve período até ao natal).
estas aventuras são sempre feitas de altos e baixo... tal como tu tb sai de portugal por uns tempos (nao tantos como tu)antes de vir para aqui... o meu truque é tentar pensar sempre nas coisas boas... às vezes é mais fácil que outras... jokas grandes
Mas olha lá... quando é que apareces para beber um cházinho?
Podes aparecer sempre que te apeteça (isso já sabes) mas, principalmente, quando te tremer a voz, quando segurares as lágrimas! Aqui podes chorar à vontade... quantas vezes eu o fiz e nunca estive sozinha! ;)
Beijinhos!
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