Ela, "Ora isto é muito fácil. Se fizermos assim..." e vira o manche para a esquerda, e o avião inclina elegantemente para a esquerda, "então o avião vira para a esquerda." Volta a endireitar o avião. "Se fizermos assim..." e vira o manche para a direita, e o avião inclina para a direita, "então o avião vira para a direita". E continua, "Se empurrarmos para a frente, o avião põe o nariz para baixo e desce, se puxarmos para trás, o avião põe o nariz para cima e sobe." E depois, assim sem mais nem quê: "Pronto, agora conduzes tu" e larga os comandos.
E eu, gah.
E depois, conduzi. Sobre a água, a costa à nossa esquerda, as rochas lá em baixo a recortar o mar, o oceano pacífico! Quase nem é preciso fazer força, o avião é tão pequeno que obedece ao mínimo toque, estamos aqui os três numa latinha, a m., o m. e eu, a voar, e eu digo esquerda e a latinha esquerda, eu digo direita e a latinha direita, assim, no meio do ar, só ar de todos os lados, e lá muito em baixo a água, uma sensação imensa que é tudo ao mesmo tempo incredulidade, excitação, medo, poder, fragilidade, vertigem e liberdade.
3 comentários:
*inveja*
Que espectáculo!
Rosita
Uaaaaaau! ;)
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