é a penúltima linha da minha morada, enquanto aprendo matemática no MIT.
sábado, dezembro 31, 2005
quarta-feira, dezembro 28, 2005
natal também é
madeiro de natal
há dois anos, em agosto, ardeu(-nos) quase tudo. incluindo as duas laranjeiras grandes, praticamente árvores da vida. este natal, um tronco duma dessas laranjeiras ardeu na lareira. passei-lhe os dedos antes de desaparecer, tinha a pele enrugada como a dos velhos.
terça-feira, dezembro 27, 2005
Coisas que mudam, coisas que ficam
Não houve os três bonequinhos no fim das filhoses, mas continuam a ser as melhores do mundo.
Agora somos mais. Há um marido e um filho (da minha prima).
A missa ainda é às dez e meia e a minha afilhada continua a cantar maravilhosamente.
O madeiro de natal no largo da aldeia era ridiculamente pequeno.
Dia 25 ainda viajamos de um natal para o outro.
A minha prima mais pequena já sabe ler sozinha os nomes nas etiquetas das prendas.
As notas do avô para os netos ainda são distribuídas por ordem de idades, mas este ano terminou com uma nota para o m. ainda na barriga da ana, que será o primeiro bisneto do meu avô.
O filme este ano foi melhor, mas éramos menos a vê-lo.
Os meus pais já estão reformados, não vêm a correr para Lisboa.
A Guarda ainda é fria, mas mesmo frio é Boston.
Já não apanho o comboio para ir ter com o j., mas guardo as boas recordações.
Ainda estudo, mas Janeiro já não é época de exames e ainda não abri os livros desde que cheguei.
Agora somos mais. Há um marido e um filho (da minha prima).
A missa ainda é às dez e meia e a minha afilhada continua a cantar maravilhosamente.
O madeiro de natal no largo da aldeia era ridiculamente pequeno.
Dia 25 ainda viajamos de um natal para o outro.
A minha prima mais pequena já sabe ler sozinha os nomes nas etiquetas das prendas.
As notas do avô para os netos ainda são distribuídas por ordem de idades, mas este ano terminou com uma nota para o m. ainda na barriga da ana, que será o primeiro bisneto do meu avô.
O filme este ano foi melhor, mas éramos menos a vê-lo.
Os meus pais já estão reformados, não vêm a correr para Lisboa.
A Guarda ainda é fria, mas mesmo frio é Boston.
Já não apanho o comboio para ir ter com o j., mas guardo as boas recordações.
Ainda estudo, mas Janeiro já não é época de exames e ainda não abri os livros desde que cheguei.
2 de janeiro de 2003
(escrito na data acima, num email para um amigo que nunca vi)
No natal, fico vários dias no fratel (a terrinha do meu pai) e, ao contrário do que aconteceria em outras ocasiões, não me chateio muito com isso. Vamos cortar um pinheirinho e trazemo-lo para casa. Depois passo umas horas a enfeitá-lo, a decidir como é que uns enfeites "todos diferentes todos iguais" (mais diferentes que iguais) muito velhos e pirosos hão-de fazer aquele pinheiro transformar-se numa árvore de natal. O resultado é, invariavelmente, magnífico!
Depois (a ordem varia de ano para ano) a família toda (que neste caso é o agregado familiar da minha tia e o meu agregado familiar) embarca na hercúlea tarefa de fazer as melhores filhoses do mundo. A minha tia é que sabe os segredos, os ingredientes, como é que se benze às beliscadelas a massa para ela crescer, e essas coisas importantes. Passamos horas à lareira, a estender e a fritar a massa, e a conversar. Com o fim da massa, eu e as minhas primas fazemos um menino (com pilinha), uma menina (com totós e maminhas) e um cão, e como somos três primas no fim fica um para cada. Depois é preciso passar as filhoses pela calda. Se fôr preciso, janta-se antes para ganhar forças e porque já é tarde. Depois são mais umas horas à lareira e à conversa, à roda do gigantesco alguidar das filhoses. Depois há filhoses para toda a gente: para levar para o meu outro natal, na guarda, para oferecer à minha afilhada, para a mãe do meu namorado, para o meu pai levar para o emprego para comerem todos juntos, para dar aos vizinhos e aos tios de lisboa, para ainda haver umas quantas no alguidar e se comerem ao pequeno almoço. Outras noites, no fratel, vêm primos afastados sentar-se connosco à lareira e beber chá, como nos livros de estórias. Almoça-se em casa da minha tia e janta-se na nossa, todos juntos, que suja menos loiça e dá mais conversa. Leva-se as prendas a casa de quem as vai abrir, de minha casa para casa da minha tia (lado a lado, separadas só por um bocado de vinha e os quintais), da dela para a nossa, para a minha afilhada e a irmãzita, para a vizinha e a comadre, para a maria antónia e o manel, que voltaram da alemanha para se reformarem em portugal, restos extra-especiais para o cisco e para a sky, um um cão velho, simpático e inteligente, a outra uma cadela grande, que salta como se viesse do circo e ainda não conhece o meu cheiro.
Dia 24, cozinhamos a tarde toda, as farófias e o bacalhau. As minhas primas, tio e tia vão para casa do outro lado da família deles e nós ficamos os três e o titó, um tio velhote do meu pai, que tem óculos verdes escuros, nunca casou, toma muitos comprimidos e conta muitas coisas de quando era novo. Temos a nossa consoada, e abrimos as prendas logo a seguir, que para alguns velhotes, como para as crianças muito pequenas, a meia-noite é muito tarde, muito depois de irem dormir. Pomos um tronco dos bons na lareira, abrimos as prendas, deitamos os papéis para o lume, ficam as chamas azuis e verdes e pomos as prendas em cima da mesa.
Saímos para a missa do galo. Não é à meia noite, o mesmo padre dá várias missas do galo, a nossa é às 10 e meia. A minha afilhada canta e é como ir vê-la actuar num palco. Só não posso bater palmas no fim, ou escandalizava a aldeia em peso. Lá fora, no largo, há um monte enorme de lenha roubada, troncos grossos, arde a noite inteira. É bonito, ficamos ali a olhar para o fogo, e as pessoas cumprimentam-se, perguntam-se "que é feito?", está quentinho mesmo no meio da rua. Voltamos para casa. Entretanto chegam as minhas primas e os tios, vou para casa deles, ver-lhes o natal. Abrem as prendas, riem-se, muito mais que nós, duas irmãs quase da mesma idade fazem muito mais risota que eu sozinha, mesmo sendo maiores... Fazem chá e café e bebemos. Depois dormimos. O cobertor da minha cama é eléctrico. Quando entro na cama está morna, leio um livro e desligo o cobertor, desligo a luz e acordo dia de natal.
Dia 25 viajamos. Vamos para a guarda, ter com o outro lado da família, os irmãos da minha mãe, o meu avô, uma resma de primos. Chegamos a casa da tia L., a tia mais mãe que irmã de todos os irmãos. Chegam outros tios e tias, primos e primas. Enchemos a casa. Eu não os vejo há meses, mas estamos na mesma. Para almoçar, sentam-se os tios na sala e os primos (e a tia cristina, a mais nova dos 9 irmãos, mais prima que tia) na cozinha, ficamos apertados, uns e outros, é de sermos tantos. Uma prima mais velha pega na mais nova ao colo, convence-a a comer tudo. Atacamos os doces antes de os levar para a sala, chegam lá já a meio. Lava-se a loiça, arruma-se tudo, põe-se a conversa em dia. Juntamo-nos todos na sala, não há assentos que cheguem para todos. A prima mais pequena distribui as prendas, grita bem alto os nomes que a irmã, segunda mais nova, lhe diz ao ler nos embrulhos. Sabe melhor a algazarra que as prendas. No fim, o meu avô quase que brilha, tira as notas do bolso e dá uma a cada primo, do mais novo para o mais velho. Obrigada avô, obrigado avô. Vamos tomar café. Enchemos o sítio, a empregada espanta-se, são uns quinze ou vinte cafés, mais umas pastilhas e chupa-chupas. É natal.
Depois começamos a dispersar. Despedimo-nos. Os meus pais voltam a lisboa, trabalham dia 26. Eu fico. À noite vamos ao cinema, também já é tradição. Este ano o filme foi especialmente mau, mas não faz mal, há pipocas e o cinema é quase só para nós. À noite durmo com uma prima, conversamos baixinho antes de apagar a luz, bebemos leite com chocolate e comemos bolo.
De manhã está frio, é a guarda, está mesmo frio. Visto-me, tomo o pequeno almoço, dois dedos de conversa com a minha tia, que vai sair para trabalhar. O meu avô chega para me levar à estação. Mochila, um saco com as melhores filhoses do mundo, casaco e cachecol. Compro o bilhete, dou uns quatro ou cinco abraços ao meu avô. É tão bom este avô. Careca, redondo, com bochechas encarnadas, muito risonho. Adeus, avô. Comboio. Todas as estações e apeadeiros. Acaba-se o meu natal de sempre. Sigo para coimbra, o J. está à minha espera. Dois dias e uma noite com ele. Parece mais tempo, mas na verdade chego dia 26 e dia 27 à noite já estou em lisboa. Estendo a toalha de plástico na mesa da sala e espalho o dossier, livros, papéis, apontamentos, exames, testes, um calendário. Vai começar a época de exames.
No natal, fico vários dias no fratel (a terrinha do meu pai) e, ao contrário do que aconteceria em outras ocasiões, não me chateio muito com isso. Vamos cortar um pinheirinho e trazemo-lo para casa. Depois passo umas horas a enfeitá-lo, a decidir como é que uns enfeites "todos diferentes todos iguais" (mais diferentes que iguais) muito velhos e pirosos hão-de fazer aquele pinheiro transformar-se numa árvore de natal. O resultado é, invariavelmente, magnífico!
Depois (a ordem varia de ano para ano) a família toda (que neste caso é o agregado familiar da minha tia e o meu agregado familiar) embarca na hercúlea tarefa de fazer as melhores filhoses do mundo. A minha tia é que sabe os segredos, os ingredientes, como é que se benze às beliscadelas a massa para ela crescer, e essas coisas importantes. Passamos horas à lareira, a estender e a fritar a massa, e a conversar. Com o fim da massa, eu e as minhas primas fazemos um menino (com pilinha), uma menina (com totós e maminhas) e um cão, e como somos três primas no fim fica um para cada. Depois é preciso passar as filhoses pela calda. Se fôr preciso, janta-se antes para ganhar forças e porque já é tarde. Depois são mais umas horas à lareira e à conversa, à roda do gigantesco alguidar das filhoses. Depois há filhoses para toda a gente: para levar para o meu outro natal, na guarda, para oferecer à minha afilhada, para a mãe do meu namorado, para o meu pai levar para o emprego para comerem todos juntos, para dar aos vizinhos e aos tios de lisboa, para ainda haver umas quantas no alguidar e se comerem ao pequeno almoço. Outras noites, no fratel, vêm primos afastados sentar-se connosco à lareira e beber chá, como nos livros de estórias. Almoça-se em casa da minha tia e janta-se na nossa, todos juntos, que suja menos loiça e dá mais conversa. Leva-se as prendas a casa de quem as vai abrir, de minha casa para casa da minha tia (lado a lado, separadas só por um bocado de vinha e os quintais), da dela para a nossa, para a minha afilhada e a irmãzita, para a vizinha e a comadre, para a maria antónia e o manel, que voltaram da alemanha para se reformarem em portugal, restos extra-especiais para o cisco e para a sky, um um cão velho, simpático e inteligente, a outra uma cadela grande, que salta como se viesse do circo e ainda não conhece o meu cheiro.
Dia 24, cozinhamos a tarde toda, as farófias e o bacalhau. As minhas primas, tio e tia vão para casa do outro lado da família deles e nós ficamos os três e o titó, um tio velhote do meu pai, que tem óculos verdes escuros, nunca casou, toma muitos comprimidos e conta muitas coisas de quando era novo. Temos a nossa consoada, e abrimos as prendas logo a seguir, que para alguns velhotes, como para as crianças muito pequenas, a meia-noite é muito tarde, muito depois de irem dormir. Pomos um tronco dos bons na lareira, abrimos as prendas, deitamos os papéis para o lume, ficam as chamas azuis e verdes e pomos as prendas em cima da mesa.
Saímos para a missa do galo. Não é à meia noite, o mesmo padre dá várias missas do galo, a nossa é às 10 e meia. A minha afilhada canta e é como ir vê-la actuar num palco. Só não posso bater palmas no fim, ou escandalizava a aldeia em peso. Lá fora, no largo, há um monte enorme de lenha roubada, troncos grossos, arde a noite inteira. É bonito, ficamos ali a olhar para o fogo, e as pessoas cumprimentam-se, perguntam-se "que é feito?", está quentinho mesmo no meio da rua. Voltamos para casa. Entretanto chegam as minhas primas e os tios, vou para casa deles, ver-lhes o natal. Abrem as prendas, riem-se, muito mais que nós, duas irmãs quase da mesma idade fazem muito mais risota que eu sozinha, mesmo sendo maiores... Fazem chá e café e bebemos. Depois dormimos. O cobertor da minha cama é eléctrico. Quando entro na cama está morna, leio um livro e desligo o cobertor, desligo a luz e acordo dia de natal.
Dia 25 viajamos. Vamos para a guarda, ter com o outro lado da família, os irmãos da minha mãe, o meu avô, uma resma de primos. Chegamos a casa da tia L., a tia mais mãe que irmã de todos os irmãos. Chegam outros tios e tias, primos e primas. Enchemos a casa. Eu não os vejo há meses, mas estamos na mesma. Para almoçar, sentam-se os tios na sala e os primos (e a tia cristina, a mais nova dos 9 irmãos, mais prima que tia) na cozinha, ficamos apertados, uns e outros, é de sermos tantos. Uma prima mais velha pega na mais nova ao colo, convence-a a comer tudo. Atacamos os doces antes de os levar para a sala, chegam lá já a meio. Lava-se a loiça, arruma-se tudo, põe-se a conversa em dia. Juntamo-nos todos na sala, não há assentos que cheguem para todos. A prima mais pequena distribui as prendas, grita bem alto os nomes que a irmã, segunda mais nova, lhe diz ao ler nos embrulhos. Sabe melhor a algazarra que as prendas. No fim, o meu avô quase que brilha, tira as notas do bolso e dá uma a cada primo, do mais novo para o mais velho. Obrigada avô, obrigado avô. Vamos tomar café. Enchemos o sítio, a empregada espanta-se, são uns quinze ou vinte cafés, mais umas pastilhas e chupa-chupas. É natal.
Depois começamos a dispersar. Despedimo-nos. Os meus pais voltam a lisboa, trabalham dia 26. Eu fico. À noite vamos ao cinema, também já é tradição. Este ano o filme foi especialmente mau, mas não faz mal, há pipocas e o cinema é quase só para nós. À noite durmo com uma prima, conversamos baixinho antes de apagar a luz, bebemos leite com chocolate e comemos bolo.
De manhã está frio, é a guarda, está mesmo frio. Visto-me, tomo o pequeno almoço, dois dedos de conversa com a minha tia, que vai sair para trabalhar. O meu avô chega para me levar à estação. Mochila, um saco com as melhores filhoses do mundo, casaco e cachecol. Compro o bilhete, dou uns quatro ou cinco abraços ao meu avô. É tão bom este avô. Careca, redondo, com bochechas encarnadas, muito risonho. Adeus, avô. Comboio. Todas as estações e apeadeiros. Acaba-se o meu natal de sempre. Sigo para coimbra, o J. está à minha espera. Dois dias e uma noite com ele. Parece mais tempo, mas na verdade chego dia 26 e dia 27 à noite já estou em lisboa. Estendo a toalha de plástico na mesa da sala e espalho o dossier, livros, papéis, apontamentos, exames, testes, um calendário. Vai começar a época de exames.
quinta-feira, dezembro 22, 2005
a todos um bom natal.
Há dois natais.
Um começa em novembro ou princípio de dezembro, o natal das compras, das decorações na cidade e nas montras das lojas, dos pais natais espalhados por todo o lado, das músicas de natal que passam na rádio e que trauteio sem reparar (este ano, para mim, começou mais tarde. demorou a chegar o espírito natalício). Esse natal, que me faz feliz umas quantas semanas antes do dia 25, para mim, acaba aqui.
O outro começa amanhã. É o natal das tradições em família que repetimos todos os anos. O natal que eu amo e a razão porque o natal é a festa que mais gosto.
A todos um bom natal.
Um começa em novembro ou princípio de dezembro, o natal das compras, das decorações na cidade e nas montras das lojas, dos pais natais espalhados por todo o lado, das músicas de natal que passam na rádio e que trauteio sem reparar (este ano, para mim, começou mais tarde. demorou a chegar o espírito natalício). Esse natal, que me faz feliz umas quantas semanas antes do dia 25, para mim, acaba aqui.
O outro começa amanhã. É o natal das tradições em família que repetimos todos os anos. O natal que eu amo e a razão porque o natal é a festa que mais gosto.
A todos um bom natal.
quarta-feira, dezembro 21, 2005
boa noite baixinho
é bom, ao chegar a casa tarde, ir encostar a porta do quarto dos meus pais que estão a dormir e dizer boa noite baixinho. é bom estar numa casa cheia, de mim e vocês.
pequena nota gastronómica
três refeições desde que cheguei: arroz de pato, cação de coentrada, lulas grelhadas e sericaia com ameixa de elvas.
terça-feira, dezembro 20, 2005
em lisboa
cheguei. agora, é tempo de destrocar as horas trocadas, estar com os pais família amigos, pôr a conversa em dia, matar saudades dos sítios dos sabores dos cheiros de todos.
no aeroporto de amesterdão
Como qualquer coisa parecida com um pequeno-almoço, a ver se o meu corpo percebe que é de manhã, e não o que quer que seja que duas noites com muito poucas horas de sono o levaram a concluir. Paguei com euros, notas coloridas. Serviram-me numa taça de porcelana e uma colher de metal, em vez de esferovite e plástico. Ligo o computador, mudo a hora de 3:23 para 8:23 (aqui 9:23) e oiço queen.
Cheira a europa e é bom.
segunda-feira, dezembro 19, 2005
da comida
ou da falta dela.
Tive sucesso. O congelador (a minha parte dele) está vazio, à excepção de uma caixa de bróculos e um saco com couve pronta para ir para a sopa, que sobrou da última vez. Não há bolachas nem pão nem fruta. Há cereais e leite, foram a minha ceia e o meu pequeno almoço. Tive tanto sucesso que agora vou ter que ir almoçar fora, que bróculos com couve e cereais não me parece bom para almoço...
Tive sucesso. O congelador (a minha parte dele) está vazio, à excepção de uma caixa de bróculos e um saco com couve pronta para ir para a sopa, que sobrou da última vez. Não há bolachas nem pão nem fruta. Há cereais e leite, foram a minha ceia e o meu pequeno almoço. Tive tanto sucesso que agora vou ter que ir almoçar fora, que bróculos com couve e cereais não me parece bom para almoço...
portugal no supermercado
em NYC (chinatown)
uvas, cerejas, peixe fresco, cintos, t-shirts, chapéus, relógios, luvas, diamantes, ouro, cachorros quentes, pretzels. tudo lado a lado. gosto de chinatown.
(também gosto do facto de lá se apanhar o chinatown bus, 4 horas e 15 dólares de viagem entre nova iorque e boston, com um condutor que parece só saber dizer em inglês "10 minutes, 10 minutes" quando paramos a meio num macdonalds à beira da estrada)
(também gosto do facto de lá se apanhar o chinatown bus, 4 horas e 15 dólares de viagem entre nova iorque e boston, com um condutor que parece só saber dizer em inglês "10 minutes, 10 minutes" quando paramos a meio num macdonalds à beira da estrada)
em NYC (natal)
Fiz tudo aquilo a que tinha direito. Demorei-me a olhar para as montras de natal no Macy's e no Saks. Troquei as botas pretas por uns patins azuis e um velhote com ar distinto ensinou-me a fazer T-stops e crossovers. Gastei 50 dólares num bilhete para o Christmas Spectacular no Radio City Music Hall e trauteei todas as músicas. Comi honey roasted almonds. Fotografei a árvore de natal do Rockefeller Center. Caminhei 5ª avenida acima. Entrei na loja de brinquedos. Tudo. É mesmo natal.
sábado, dezembro 17, 2005
potluck
Muitos foram assim que acabaram as aulas. Para os que ficaram mais uns dias, houve esta noite a última festa do semestre. Um potluck (cada convidado leva qualquer coisa, o suficiente para todos poderem comer um bocadinho de quase tudo). Eu fiz pastéis de bacalhau*. Desapareceram num instante. Pat on my back. E explicar o que são? Potatoes, cod fish (dry-salted, then soaked), parsley. Fried.
* receita da mãe enviada por email, pois claro.
* receita da mãe enviada por email, pois claro.
sexta-feira, dezembro 16, 2005
post para 9 pessoas
No iTunes a seguir às músicas de natal (Christmas Crooners), vem Norah Jones (Come away with me). Passo rapidamente do espírito natalício para o espírito gelatínico. Ai, como eu sinto falta de vos ter por perto.
politicamente correcto
Disseram-me que não desejasse merry christmas, mas sim happy holidays. Season's greetings. Porque aqui há pessoas de todas as religiões, e não queremos ofender ninguém, nem deixar ninguém de fora.
Pois sim, mas não me consigo habituar. A versão politicamente correcta não me sai naturalmente, deixo sempre escapar um merry christmas. Não que eu deseje a toda a gente uma feliz celebração do dia de anos de jesus, pois que eu não acredito, desejo-lhes sim aquilo que eu tenho todos os anos, a família reunida e tradições que aconchegam. Acontece que eu chamo a isso natal.
(acho que a minha ideia de tolerância está no lado oposto em relação ao politicamente correcto. é eu dizer merry christmas e responderem-me, por exemplo, happy hanukkah.)
Pois sim, mas não me consigo habituar. A versão politicamente correcta não me sai naturalmente, deixo sempre escapar um merry christmas. Não que eu deseje a toda a gente uma feliz celebração do dia de anos de jesus, pois que eu não acredito, desejo-lhes sim aquilo que eu tenho todos os anos, a família reunida e tradições que aconchegam. Acontece que eu chamo a isso natal.
(acho que a minha ideia de tolerância está no lado oposto em relação ao politicamente correcto. é eu dizer merry christmas e responderem-me, por exemplo, happy hanukkah.)
quinta-feira, dezembro 15, 2005
1º dia de férias
duas opções:
ficar aqui por casa o dia inteiro, entre a cama e o computador, um bom livro e boa música ou vestir casaco, gorro, luvas, cachecol, sair de casa e cumprir a minha lista de afazeres.
ficar aqui por casa o dia inteiro, entre a cama e o computador, um bom livro e boa música ou vestir casaco, gorro, luvas, cachecol, sair de casa e cumprir a minha lista de afazeres.
natal 2
(bem lá no fundo da memória)
"não, não, o coelhinho veio com pai natal e o palhaço no comboio ao circo!"
"não, não, o coelhinho veio com pai natal e o palhaço no comboio ao circo!"
terça-feira, dezembro 13, 2005
segunda-feira, dezembro 12, 2005
restos
Porque vou estar longe do meu figorífico por mais de um mês, tenho que acabar a comida que lá está. Hoje estou a fazer sopa outra vez. Algures nos próximos dias comerei espinafres, não sei bem o que fazer com o resto da couve, e também tenho uns bróculos e feijão verde para consumir.
portugueses
Conhecemo-nos porque partilhamos uma nacionalidade. Juntamo-nos, em grupos às vezes improváveis, que provavelmente não existiriam não fosse estarmos em terra alheia.
E a vida é melhor assim. :)
Hoje, brunch na mansão do pedro (um LEFT, há-os espalhados por todo o lado?) e jantar na casa dos jesuítas com os padres miguéis (improvável, uh?). Amanhã, tricô e gulodices com a ana barriguda.
E a vida é melhor assim. :)
Hoje, brunch na mansão do pedro (um LEFT, há-os espalhados por todo o lado?) e jantar na casa dos jesuítas com os padres miguéis (improvável, uh?). Amanhã, tricô e gulodices com a ana barriguda.
domingo, dezembro 11, 2005
sábado, dezembro 10, 2005
kesilme / interrupted
Há coisas que aqui não posso escrever, mas para que me recorde mais tarde, este devia ser um post intitulado "breve história de uma amizade".
sexta-feira, dezembro 09, 2005
4 coisas:
1. quando acordei esta manhã o aquecimento já estava a funcionar. uf!
2. nevou nevou nevou. em muitas variedades. a meio do dia foi sleet (palavra nova do dia), depois neve com trovoada, depois em grandes flocos, depois quase como nevoeiro.
3. o killian court está lindo. já andei em correrias, com a neve acima das canelas, bolas de neve a voar com muito pouca pontaria.
4. é bom e estranho e bom não ter trabalhos de casa pendentes, nem perspectivas de os ter nas próximas oito semanas.
2. nevou nevou nevou. em muitas variedades. a meio do dia foi sleet (palavra nova do dia), depois neve com trovoada, depois em grandes flocos, depois quase como nevoeiro.
3. o killian court está lindo. já andei em correrias, com a neve acima das canelas, bolas de neve a voar com muito pouca pontaria.
4. é bom e estranho e bom não ter trabalhos de casa pendentes, nem perspectivas de os ter nas próximas oito semanas.
e à uma da manhã
com os tpc's do semestre todos acabados, ela veste o pijama mais quente que trouxe e vai (finalmente) dormir.
5 dias depois
de gabar o quentinho que está nesta casa, o aquecimento em todo o prédio foi ao ar. Quando o ligo agora deita ar fresco... Espero que lhe passem depressa estas saudades do verão (nessa altura, ele fazia as vezes de ar condicionado).
quinta-feira, dezembro 08, 2005
boletim metereológico
amanhã: Plentiful sunshine. Cold. High 0ºC.
sexta: Snow during the morning will become heavy at times during the afternoon. High 1ºC. Chance of snow 90%. 15 to 25 cm of snow expected.
:)
sexta: Snow during the morning will become heavy at times during the afternoon. High 1ºC. Chance of snow 90%. 15 to 25 cm of snow expected.
:)
quarta-feira, dezembro 07, 2005
Se bem me lembro
eu por esta altura nos anos passados já andava a sentir-me muito natalícia. Pois este ano, nicles, népias, niente. Talvez quando acabarem os tpc's, ou seja, na próxima segunda.
terça-feira, dezembro 06, 2005
como andas?
desaparecido, pé partido, raptado, acamado, deprimido, esquecido (de mim), afogado (em trabalho), desligado (da internet, do telefone)?
mesmo a tempo
Vou chegar mesmo a tempo de ver o último debate das presidenciais. Isto é, se não estiver a dormir por causa das horas trocadas.
algodão doce
Salgam a neve acumulada na estrada e nos passeios para não se formar gelo. O sal é cor-de-rosa. O resultado são nuvens de algodão doce nos canteiros, onde as pessoas não pisam e a neve não derrete.
domingo, dezembro 04, 2005
mais uma vantagem
neve! :)
(quando chove, as gotas caem todas na mesma direcção, para onde as empurra a gravidade e o vento. do lado de fora da minha janela, os flocos de neve caem erraticamente, esquerda, direita, cima, baixo, aos ziguezagues. neve é chuva branca e desorganizada?)
(quando chove, as gotas caem todas na mesma direcção, para onde as empurra a gravidade e o vento. do lado de fora da minha janela, os flocos de neve caem erraticamente, esquerda, direita, cima, baixo, aos ziguezagues. neve é chuva branca e desorganizada?)
vantagens deste lado
A casa continuamente aquecida, como um ovo.
Estações do ano a sério (como nos livros de crianças: no outono, as folhas de todas as cores, e depois todas todas no chão, a chuva e o vento).
Ir a pé para a escola.
Estações do ano a sério (como nos livros de crianças: no outono, as folhas de todas as cores, e depois todas todas no chão, a chuva e o vento).
Ir a pé para a escola.
sou emigrante?
emigrante - s., pessoa que emigra, que deixa o seu país para se estabelecer noutro.
emigrar - v. int., deixar um país para ir viver noutro.
estabelecer - v. refl., fixar-se, passar a residir.
Parece que sim, mas sinto que não.
emigrar - v. int., deixar um país para ir viver noutro.
estabelecer - v. refl., fixar-se, passar a residir.
Parece que sim, mas sinto que não.
sexta-feira, dezembro 02, 2005
Tornei-me
na consultora para assuntos latinos nas sessões de palavras cruzadas. Ajudo com palavras várias em espanhol, francês e italiano.
já não me lembro
de como se diz piecewise em português. por troços?
e isto de pensar matemática em inglês depois desentranha-se?
e isto de pensar matemática em inglês depois desentranha-se?
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