é a penúltima linha da minha morada, enquanto aprendo matemática no MIT.
quinta-feira, junho 29, 2006
Amigos 2
Aquilo de fazer companhia só por fazer companhia. Desviar-se do caminho só mesmo para termos mais uns minutos (ou umas horas) juntos.
quarta-feira, junho 28, 2006
segunda-feira, junho 26, 2006
Porto 2
Os martelinhos de plástico, o fogo de artifício, a turba de gente da Ribeira até à Foz, o bailarico ao som do Quim Barreiros, o pão com chouriço já de madrugada.
:)
:)
sexta-feira, junho 23, 2006
quarta-feira, junho 21, 2006
Família 1
Em casa da tia C. rendo-me ao sono e vou dormir a sesta. Pouco depois de me deitar, ela vem pôr-me uma manta em cima, para não ter frio quando adormecer. É tão bom haver quem tome conta de nós.
Casa 1
Almoçar e jantar a três. Conversar com o meu pai no quarto dos livros, ele a mostrar-me como cresceu o coqueiro. Chegar a casa e descobrir que a minha mãe nao resistiu e arrumou a roupa toda que vinha na mala.
Lisboa 1
Sofro de uma paixão adolescente por Lisboa. Encho-me de ternura pelas ninharias, o primeiro eléctrico avistado entre duas ruas, uma montra do talho com a carne pendurada e os cartazes verde-fluorescentes a anunciar o preço dos peitos de galinha, carne picada e pianos. Desculpo-lhe as manias, essa de nos autocarros chamar ISEL a Chelas e a de se ter escondido em neblina na primeira tarde em que a fui ver ao miradouro da Graça. E comovo-me até às lágrimas enquanto o comboio sai de Santa Apolónia devagar. Lisboa linda, lisboa, lisboa.
segunda-feira, junho 19, 2006
- 1
Não dormi, nadinha. Passei a manhã a correr de um lado para o outro, a perspectiva de voltar a casa é melhor que café. Daqui a bocado quebro de cansaço, espero que seja num assento reclinável dentro do avião.
Está quase quase tudo arrumado, sendo que o quase quase que falta é o comptador e afins. Portanto, aqui vou eu, para este.
Está quase quase tudo arrumado, sendo que o quase quase que falta é o comptador e afins. Portanto, aqui vou eu, para este.
mala zen
Se eu acreditar com muita força que a mala vai fechar ela fecha mesmo?
(Em Lisboa, a Marta é a minha companhia habitual para fazer malas. Foi com ela que fiz a mala para ficar dez meses no Canadá, e a mala para vir para Boston. Faz-me cá falta a Marta, a fazer rolinhos com as t-shirts para pôr aqui e ali, nos buraquinhos do resto da roupa. Ou a minha mãe, que chega ao fim de fazer a mala, e se não fecha, é capaz de tirar tudo outra vez lá de dentro e arrumar melhor, e depois já cabe. Vou ali ao frigorífico comer qualquer coisa para ganhar coragem de fazer o mesmo.)
(Em Lisboa, a Marta é a minha companhia habitual para fazer malas. Foi com ela que fiz a mala para ficar dez meses no Canadá, e a mala para vir para Boston. Faz-me cá falta a Marta, a fazer rolinhos com as t-shirts para pôr aqui e ali, nos buraquinhos do resto da roupa. Ou a minha mãe, que chega ao fim de fazer a mala, e se não fecha, é capaz de tirar tudo outra vez lá de dentro e arrumar melhor, e depois já cabe. Vou ali ao frigorífico comer qualquer coisa para ganhar coragem de fazer o mesmo.)
amanhecer
Aqui já amanheceu. O quarto começa a ficar vazio, a mala começa a ficar cheia. A roupa de inverno fica cá toda, a de verão vai quase toda comigo. Parece-me que devia ter as roupas repetidas, uma cá outra lá, para não ter que levar esta mala de um lado para o outro. Claro que se era para ter roupa nos dois lados, mais valia ter coisas diferentes. Mas depois quereria levar as de cá para lá e as de lá para cá, e voltava a ter que andar com mala. De certeza que há um erro de raciocínio aqui, mas às cinco e meia da manhã já não se pode esperar muito.
- 2
Jantei com açorianos, só açorianos, hoje. Gente que está cá há dezenas de anos, vieram para ganhar a vida, são os emigrantes mesmo, não como nós, estudantes deslocados, emigrantes de luxo. Há muito tempo que não me perguntavam, é filha de quem, quem são os seus pais? É quase uma terrinha, mas cá.
Estou ainda a estas horas fazer a mala. Isso e a deixar o quarto sem tralha, para receber a brasileira a quem vou subalugar o quarto no mês que cá não estou. Demora tempo, vou ficar aqui madrugada fora, mas é da maneira que este dia se funde com o próximo e deixa de existir a véspera da partida.
Estou ainda a estas horas fazer a mala. Isso e a deixar o quarto sem tralha, para receber a brasileira a quem vou subalugar o quarto no mês que cá não estou. Demora tempo, vou ficar aqui madrugada fora, mas é da maneira que este dia se funde com o próximo e deixa de existir a véspera da partida.
domingo, junho 18, 2006
- 3
Fui esta noite a uma festa de emigrantes brasileiros, coisa da índole de festa da aldeia, mas com capoeira em vez de rancho folclórico, e pé-de-moleque em vez de farturas. Levou-me a marlene, e acabei a festa ao balcão com ela, a servir caldo de feijão, maçarocas de milho e salgadinhos brasileiros com nomes que não sei escrever. São simpáticos os brasileiros, sempre a sorrir-se, de bem com a vida. Hoje, eu também.
conversa de gaja a ver o jogo da bola
Como é que pode ser os jogadores iranianos serem giros, mas os meus colegas iranianos e todos os iranianos que aparecem nas notícias não?
sábado, junho 17, 2006
- 4
Nestes meses, tive um qualquer coisa de reacção alérgica a boston. Talvez por não lhe perdoar não ser lisboa. Agora, a tão poucos dias de ir a casa, permito-me que se me encham os olhos de ternura pela vida aqui.
O rio, sempre. A minha liberdade em duas rodas. O silêncio nos corredores da universidade. Clam-chowder. Os amigos.
O rio, sempre. A minha liberdade em duas rodas. O silêncio nos corredores da universidade. Clam-chowder. Os amigos.
quinta-feira, junho 15, 2006
coisas boas
Já sei andar de bicicleta sem mãos, muito muito perto do vôo. Além disso, há nêsperas lá da terra guardadas para mim num frigorífico a cinco mil quilómetros de distância, e um avô que espera a minha visita para ir comer cerejas.
quarta-feira, junho 14, 2006
o futebol tem estas coisas
Ouvi de passagem na antena aberta da antena 1: "Portugal no fundo é um ganda país!".
terça-feira, junho 13, 2006
menina do papá
Dez da noite, tomo banho, faço chá, visto um vestido porque sim e ponho jazz a tocar.
Depois, ligo as luzes no máximo na sala, poiso a bicicleta em cima da mesa e pego na chave de parafusos para arranjar o suporte do cadeado da bicicleta, que se soltou hoje.
(Por enquanto fica assim, mas amanhã tenho que ir comprar um parafuso à loja aqui ao lado.)
Depois, ligo as luzes no máximo na sala, poiso a bicicleta em cima da mesa e pego na chave de parafusos para arranjar o suporte do cadeado da bicicleta, que se soltou hoje.
(Por enquanto fica assim, mas amanhã tenho que ir comprar um parafuso à loja aqui ao lado.)
segunda-feira, junho 12, 2006
chinatown
É sempre bom andar a pé em nova iorque. Esta manhã atravessei chinatown, para apanhar o autocarro para casa. É um insulto aos narizes, chinatown segunda feira de manhã. É difícil precisar o quê, talvez urina, peixe, fruta madura no limiar de podre. Não resisti às nêsperas, loquats em inglês, que já há um mês tinha procurado em vão por boston. E hoje, com a primeira nêspera do ano, percebi que já me tinha esquecido a que sabiam.
a vida pacata
A margem do lago de Princeton é praticamente uma reserva natural, com coelhos, esquilos, veados e pássaros e muitas pessoas muito inteligentes por todo o lado.
Passei o fim-de-semana numa casa de madeira à beira do lago, a ver a luz a entrar pela janela, a conversar com muita calma e a cantar para a e., cabeluda e linda e com aquele cheiro bom dos bebés. Lá, o tempo passa mais devagar, e ainda bem.
Voltei com o coração cheio e saudades de estar na cidade.
Passei o fim-de-semana numa casa de madeira à beira do lago, a ver a luz a entrar pela janela, a conversar com muita calma e a cantar para a e., cabeluda e linda e com aquele cheiro bom dos bebés. Lá, o tempo passa mais devagar, e ainda bem.
Voltei com o coração cheio e saudades de estar na cidade.
(tapem os olhos às criancinhas)
Desde que vi o filme diarios de motocicleta, que ando com estas palavras a dançarem-me na cabeça: puta madre. Naquele espanhol até as asneiras soam a doce.
sexta-feira, junho 09, 2006
NJ
Vou passar uns dias ao estado ao lado (para dizer a verdade nem sequer são adjacentes), já volto.
Cross-section da população
Esta noite, em casa de uns amigos: dois professores doutores, um marido, duas mães, dois estudantes.
quarta-feira, junho 07, 2006
139
Durante o dia lutei quase sem sucesso com uma série de exercícios do livro que estou a estudar. Ao fim do dia, assinalo no índice onde chegámos nesse dia. Hoje, uma página apenas, a 139.
Hoje salvou-me a segunda vida que aqui tenho, o passeio ao fim da tarde de bicicleta pelo rio e o jantar com amigos, os amigos sempre, são sempre os amigos que nos salvam, nós somos uns para os outros, como dizem.
Hoje salvou-me a segunda vida que aqui tenho, o passeio ao fim da tarde de bicicleta pelo rio e o jantar com amigos, os amigos sempre, são sempre os amigos que nos salvam, nós somos uns para os outros, como dizem.
terça-feira, junho 06, 2006
lista
mobilidade
Meu cavalo alazão, meu rocinante, meu jolly jumper, leva-me do ponto A ao ponto B, em Cambridge, Boston e arredores.
segunda-feira, junho 05, 2006
gastronomia
Este fim-de-semana fiz pastéis de bacalhau, ervilhas com ovos escalfados, arroz de bacalhau e açorda com chouriço. Olho para trás e vejo quanto mudei.
domingo, junho 04, 2006
quinta-feira, junho 01, 2006
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