é a penúltima linha da minha morada, enquanto aprendo matemática no MIT.

sábado, dezembro 29, 2007

puf

A minha máquina fotográfica estragou-se, partiu-se-lhe o LCD. E agora?

beira baixa


balança

Sigo com curiosidade o meu peso:

O meu peso de equilíbio português é dois quilos abaixo do meu peso de equilíbrio americano, e é obtido em poucos dias depois de cá chegar.

O meu peso pós-natalício é igual ao meu peso de equilíbrio americano, e também é obtido em poucos dias, os que dura o natal.

no quintal



Rosas imperfeitas.

quem me quer muito

A L. senta-se ao meu colo e encosta-se ao meu ombro:

- Ó Rita, não podes trazer a Universidade e Nova Iorque cá para o F. (a nossa terrinha)?

Digo-lhe eu que não cabe, como se esse fosse o maior problema.

- Ó Rita, mas punha-se ali para os lados do P. (uma terrinha ao lado, com menos casas que a nossa)...

mudam-se os tempos mudam-se as vontades

Entre as minhas prendas de Natal, contavam-se uma farinheira e uma caixa de costura.

sábado, dezembro 22, 2007

acho que

Acho que Portugal me deixa sem palavras.

bom natal


quinta-feira, dezembro 20, 2007

de volta

Os meus sentidos, quase independentemente de mim, vão reconhecendo que estamos de volta. Encosto a cabeça à janela do autocarro e ouço, Lisboa, o som das mudanças esforçadas a subir a rua.
No Rossio, a fujir som dos pan pipes a tocar o imagine dos beatles e ao cheiro do incenso que os acompanha, deparo-me com um vendedor de castanhas, e o vento sopra na minha direcção uma nuvem de fumo, Lisboa, com cheiro a castanhas assadas.
E depois olho para cima e vejo o castelo na colina, uma nuvem cinzenta e a lua meia-cheia ao lado, 4 da tarde no rossio, e eu comovida quase até às lágrimas, Lisboa.

quarta-feira, dezembro 19, 2007

já cá

(cansada, mas cá)

terça-feira, dezembro 18, 2007

até já

(mala fechada, plantas regadas, despedidas quase feitas. até já)

habituei-me

A dez horas de ter de estar no aeroporto, a mala continua vazia no meio da cozinha, como quando a trouxe da cave ontem. O meu americano foi vigiar um exame, e eu fiquei com a incumbência de ter a mala arrumada à hora do almoço. E no entanto, adio mais um pouco, bebo mais uma chávena de chá. Falta-me vontade de arrumar a mala, falta-me vontade de aeroportos e aviões. Quero só o final, o chegar a Lisboa, o estar em Portugal, e eu que gosto tanto de viajar.

Telefono a uma amiga em trânsito a meio de Boston-Miami-Bogotá e digo-lhe, custa-me acreditar que daqui a um dia já lá estou e já cá não estou, é estranho. Habituaste-te, diz-me ela, que já vive assim há seis anos. Habituei-me. A esta casa, a estes amigos, a esta vida. Habituei-me.

segunda-feira, dezembro 17, 2007

48

A noite passada voltou a nevar, e nevou hoje toda a manhã. Sem poder sair por causa de um exame "a ser feito em 24 horas no conforto da sua casa", abri todas as persianas para entrar a luz branca, branquíssima, do sol que reflecte na neve. Nevou, choveu e ventou, mais um tempestade como deve ser, lá fora. Cá dentro, entre livros, apontamentos, dúvidas e desespero, passou-se o dia inteiro, e às oito da noite entrei finalmente em férias de natal.

Tenho quarenta e oito horas de férias de natal nesta casa com o meu americano, tenho bolinhos brancos num prato vermelho em cima da mesa da cozinha, feitos pela senhoria como prenda de natal, tenho tempo de sobra para fazer o jantar, tenho as prendas de natal todas compradas e tenho a mala ainda na cave, vazia pois claro.

sexta-feira, dezembro 14, 2007

domingo, dezembro 09, 2007

patos de natal

Cá em casa trocam-se prendas antes do 25, que nessa altura esta casa está vazia. Eu dei-lhe patos, ele deu-me patos.

caminhante

Às vezes é assim mesmo. Pensa-se pensa-se pensa-se, experimenta-se esta aquela e a outra direcção, e nada. Nada. Não se vê caminho (haverá caminho?). É assim mesmo. Espero, não desespero. O caminho, dizem-me* (e tanto repete o meu pai), faz-se andando. Segunda-feira volto ao caminho, passos poucos e pequenos, do meu trabalho. Mas por agora volto à cidade, e numa só noite faço-me ao caminho: 60 quarteirões, 20 para sul e 40 para norte, em lusa companhia.

*Caminhante, são teus rastos
o caminho, e nada mais;
caminhante, não há caminho,
faz-se caminho ao andar.
Ao andar faz-se o caminho,
e ao olhar-se para trás
vê-se a senda que jamais
se há-de voltar a pisar.
Caminhante, não há caminho,
somente sulcos no mar.

- António Machado -

quinta-feira, dezembro 06, 2007

terça-feira, dezembro 04, 2007

trabalho

A minha thesis proposal está escrita, revista, corrigida, impressa, assinada pelo orientador e entregue a quem de direito.



Será agora enfiada numa gaveta num gabinete administrativo do departamento de Matemática e esquecida para todo o sempre, e o seu conteúdo provavelmente recauchutado por mim quando for tempo de escrever a tese.

É esse o requisito que resta. Fiz as 11 cadeiras, fiz o exame de qualificação, passei o requisito de língua estrangeira e entreguei a proposta de tese, assinada pelo orientador. Entre agora e o fim, que há-de ser qualquer coisa como daqui a dois anos, tenho que produzir uma tese.

Vamos lá.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

previsões metereológicas para as próximas horas

Light rain
Rain/Snow showers
Few snow showers/Wind
Snow shower/Wind
Flurries/Wind
Flurries

Haja variedade!

domingo, dezembro 02, 2007

neve

Panquecas de abóbora com nozes e especiarias num velhíssimo restaurante do bairro, dormir a sesta enroscada no sofá, jogos de tabuleiro no chão da sala e companhia para jantar.

Não havia como não nevar. Um domingo tão cozy tinha que acabar em branco.

frio

O Inverno caiu-nos em cima num repente. Dias de frio mas com graus positivos a semana inteira, a prometer um inverno ameno, fim de novembro e ainda calças de ganga todos os dias, quase verão. E depois, fim-de-semana, dezembro, inverno, tudo ao mesmo tempo. Ao fim da tarde pus o nariz fora de casa e ele congelou, está frio até demais para nevar, um esbanjar de graus negativos. Só saí à noite para desentorpecer as pernas, ver gente, cheirar o ar da rua. Poças congeladas no chão, uma nuvem de vapor em cada respirar meu.
Resta-nos o exorcismo habitual para o frio da Nova Inglaterra: aquecer a cozinha com o forno e bolachas. À uma da manhã saía a primeira fornada, o frio esquecido, promessas de neve para o dia seguinte.
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