Deixem-me lá falar um bocadinho de matemática, sim?
O Último Teorema de Fermat é assim um colosso matemático. (Vão lá ler que a história é engraçada e a página na wikipédia é curtinha.) Muito fácil de enunciar, dificílimo de provar. Mas é razoavelmente comum as pessoas acharem que encontraram uma demonstração elementar e ela estar errada. Aliás, chama-se ao teorema "de Fermat", porque foi ele o primeiro a cometer esta gaffe.
Mais ou menos uma vez por ano, recebo (eu, e suspeito que toda a gente com um endereço de email de um departamento de matemática) um email de um qualquer desconhecido com uma "demonstração" do Último Teorema de Fermat (FLT: Fermat's Last Theorem).
Our FLT proof is plain and perfect.
Therefore, Andrew Wiles`s FLT proof is practically worthless.
Sincerely yours.
Vinha uma data de ficheiros em anexo, alguns em inglês outros em chinês. As últimas linhas do artigo com a "demonstração" fizeram-me sorrir:
We believe in the Fermat.
And we believe that the space and the matters come into existence, when the numbers come into existence and we also believe that all cosmic materials and lives change but the number theory cannot change now and forever.
Thanks.
Ai... We believe in the Fermat é lindo.
é a penúltima linha da minha morada, enquanto aprendo matemática no MIT.
quarta-feira, dezembro 24, 2008
eu aqui me confesso
Foi lá. Tudo começou inocentemente. Liguei a RTPi, estavam a dar umas imagens bonitas de Lisboa e fiquei a ver.
Depois uns actores portugueses conhecidos, a Eunice Muñoz, o Virgílio Castelo, o Canto e Castro, e mais umas crianças à mistura, e fiquei a ver.
E pronto, o resto era de esperar. Eu aqui me confesso, espectadora assídua de uma telenovela da TVI de qualidade duvidosa, a passar agora na RTPi. Não me importo de passar um mês sem ver, o que me chateia é se aquilo acaba enquanto eu estou fora e eu fico sem saber como é o fim da história.
Por isso, senhores, se alguém por acaso viu a telenovela Mistura Fina, que passou há já uns bons anos na TVI, contem-me lá se faz favor: como é que a Marta e o Dinis conseguem acabar juntos? E o pai da menina na cadeira de rodas, separa-se da mulher? Ela vai presa?
A caixa de comentários está aberta.
Depois uns actores portugueses conhecidos, a Eunice Muñoz, o Virgílio Castelo, o Canto e Castro, e mais umas crianças à mistura, e fiquei a ver.
E pronto, o resto era de esperar. Eu aqui me confesso, espectadora assídua de uma telenovela da TVI de qualidade duvidosa, a passar agora na RTPi. Não me importo de passar um mês sem ver, o que me chateia é se aquilo acaba enquanto eu estou fora e eu fico sem saber como é o fim da história.
Por isso, senhores, se alguém por acaso viu a telenovela Mistura Fina, que passou há já uns bons anos na TVI, contem-me lá se faz favor: como é que a Marta e o Dinis conseguem acabar juntos? E o pai da menina na cadeira de rodas, separa-se da mulher? Ela vai presa?
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outras coisas de que eu tinha saudades
De azeitonas com sal grosso.
De não ter de cozinhar para comer.
De lareiras acesas.
De não ter de cozinhar para comer.
De lareiras acesas.
segunda-feira, dezembro 22, 2008
coisas de que eu não tinha saudades
Futebol na televisão, na rádio, nos jornais, nas conversas.
Ter frio em casa.
Ter frio em casa.
quinta-feira, dezembro 18, 2008
segunda-feira, dezembro 15, 2008
realidade alternativa
Li nas notícias que tem havido tempestades de gelo no meu estado, que há milhares de pessoas sem electricidade, o estado de emergência foi declarado, terrível, terrível.
Mas lá fora estão 16ºC. 16ºC! Senhores, é praticamente Primavera! Nem luvas, nem gorro. Levo cachecol porque me dói a garganta, mas só. E deve haver aí maluquinhos em manga curta e flip-flops, que eu bem os conheço...
2:00 am
Estou na última fornada de chocolate chip cookies. Amanhã vão no correio para a minha outra família mais a norte.
Ah, o Natal.
nha-nha-nha-nha-nha-nha*
Tenho três mini-pastéis de tentúgal no frigorífico. Dá para acreditar?
Todos os expatriados deviam ter direito a uma amiga e compatriota expatriada doceira.
* Para fazer inveja a outros expatriados.
domingo, dezembro 07, 2008
bilingue
Acontece de vez em quando. O problema não é falar português. O problema não é falar inglês. O problema é, por exemplo:
1. Estou a falar ao telefone em português com os meus pais.
2. O C. diz-me qualquer coisa no seu português rudimentar e eu respondo, em português simplificado.
3. Eu continuo a falar ao telefone com os meus pais, mas agora em inglês.
E dentro da minha cabeça, o que acontece é:
1. Português, estou a falar português, claro, são os meus pais.
2. Agora estou a falar com o C.
3. Por isso agora, para voltar aos meus pais, tenho que mudar de língua. Ops, pois.
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