Amanhã chegamos duas a Nova Iorque. A Cat de avião, eu de autocarro. Só me ocorre dizer:
Weeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!
Vou ali fazer a mala, com licença.
é a penúltima linha da minha morada, enquanto aprendo matemática no MIT.
quarta-feira, agosto 29, 2007
segunda-feira, agosto 27, 2007
wolverine
As minhas feridas estao quase curadas. Tao depressa, tao depressa, que os senhores doutores destas ferias (o pai e a mae do C.) fazem ahs e ohs de espanto sempre que as examinam, e o C. chama-me Wolverine e propoe vender-me 'a empresa que produz o antibiotico em pomada que tenho utilizado, para fazer anuncios 'a sua eficacia.
domingo, agosto 26, 2007
sábado, agosto 25, 2007
ouch
body board
Ontem peguei numa prancha e fiz-me 'as ondas. As ondas nao gostaram da ideia e vingaram-se. Tenho um labio inchado, um corte no pe' e ontem doiam-me as costas. Au.
Hoje volto 'a carga.
Hoje volto 'a carga.
10 anos
Fez ontem 10 anos que eu cheguei a Moncton, New Brunswick, no Canada. Tinha 15 anos e viajei como "menor descompanhada", ou seja, pela mao de uma hospedeira, tanto cuidadinho, agora mostras o passaporte, sentas-te aqui, se precisares de alguma coisa chamas-me, sim? Depois disso, desenrasca-te, passei 10 meses com a familia S. em vez da minha, a principio desconhecidos, e agora uma minha familia. Fui 'a escola la', High School, aquela sociedade complicada com miudos fixes e nerds e os das gabardines pretas e o capitao da equipa de futebol americano a namorar a chefe das meninas da claque. Houve uma manha que acordei e tinha sonhado em ingles e fiquei felicissima. Houve o Natal, em que fomos para uma casa nas montanhas, com mais familia, e foi lindo, com neve na manha de Natal e tudo, mas eu a certa altura fiquei sozinha e desfiz-me em lagrimas, com saudades.
Cresci muito nesse ano e nem sequer notei na altura. Mas sim, cresci.
Cresci muito nesse ano e nem sequer notei na altura. Mas sim, cresci.
quinta-feira, agosto 23, 2007
oh tao giros
1. No outro dia, enquanto ele dormia a sesta, eu peguei na minha matematica e fui para a varanda pensar. E depois, enfim, como explicar, uma pessoa pega no livro e vai lendo, mas depois ha' uma ideia, um passo na logica descrita que nao e' assim tao obvio, e em vez de ler e acenar com a cabeca, e' preciso pensar porque e como e voltar atras, reler o paragrafo anterior, ir ao outro livro confirmar a definicao de qualquer coisa ou as condicoes exactas do teorema a aplicar, mas principalmente pensar, pensar, encaixar tudo direito dentro da cabeca, as ideias todas por ordem, ate' criar um fio de pensamento suficientemente desembaracado para o poder aceitar e seguir em frente. Quando acontecem estes no's que e' preciso desembaracar, levanto-me e ando para tras e para a frente, como se de algum modo isso ajudasse. E' um habito comum, ja' vi muita gente a fazer o mesmo. E, estava eu a dizer, no outro dia enquanto ele dormia a sesta, eu peguei na minha matematica e fui para a varanda pensar. E, como tem que ser, andar para tras e para a frente, a toda a extensao da varanda, 'as vezes a fazer desenhos no ar com as maos, que isso tambem ajuda quando nao se tem papel 'a frente.
Quando decidi parar, deixar a varanda e reentrar na sociedade, vieram os comentarios da familia. Que e' como ve-lo a ele a pensar sobre matematica, so' que em versao feminina, oh tao giros.
2. Ontem, ele ja estava melhorzinho (gripe, parece) e decidiu juntar-se a mim na matematica. Nao fazemos a mesma matematica, mas neste estadio ainda e' possivel fazer incursoes na matematica um do outro. Por isso ontem 'a tarde sentamo-nos os dois na mesa da sala, e depois na bancada da cozinha, com o meu livro. Conversa incompreensivel para os outros. Mas, oh tao giros, ate' fotografias tiraram, ele, eu e o livro, oh tao giros.
Quando decidi parar, deixar a varanda e reentrar na sociedade, vieram os comentarios da familia. Que e' como ve-lo a ele a pensar sobre matematica, so' que em versao feminina, oh tao giros.
2. Ontem, ele ja estava melhorzinho (gripe, parece) e decidiu juntar-se a mim na matematica. Nao fazemos a mesma matematica, mas neste estadio ainda e' possivel fazer incursoes na matematica um do outro. Por isso ontem 'a tarde sentamo-nos os dois na mesa da sala, e depois na bancada da cozinha, com o meu livro. Conversa incompreensivel para os outros. Mas, oh tao giros, ate' fotografias tiraram, ele, eu e o livro, oh tao giros.
choque cultural
O meu bikini nao foi feito para estas aguas revoltas. A cada onda que vem e' preciso puxa'-lo para um lado ou para o outro ou para cima. Um dia destes ainda perco meio bikini (o que tornaria este meet the family ainda mais memoravel).
segunda-feira, agosto 20, 2007
um dos adultos a entreter as criancas
"Ponha a mao no ar quem gosta de gelado! (todos)
Ponha a mao no ar quem quer ir 'a piscina a seguir! (todos menos um, que tem medo)
Ponha a mao no ar quem tem o apelido D.! (todos, incluindo os adultos presentes, tambem a entrar no jogo)"
Sim, eu sou a unica pessoa aqui a nao ter apelido igual (felizmente hoje chega o namorado da irma, que tambem nao tem apelido igual aos outros, pfiu).
(sao quatro, as criancinhas. 3, 4, 5 e 6 anos)
Ponha a mao no ar quem quer ir 'a piscina a seguir! (todos menos um, que tem medo)
Ponha a mao no ar quem tem o apelido D.! (todos, incluindo os adultos presentes, tambem a entrar no jogo)"
Sim, eu sou a unica pessoa aqui a nao ter apelido igual (felizmente hoje chega o namorado da irma, que tambem nao tem apelido igual aos outros, pfiu).
(sao quatro, as criancinhas. 3, 4, 5 e 6 anos)
pequena nota introdutoria
As ferias mencionadas abaixo e de que se falara' acima sao as ferias com a familia dele, o americano surreal das cenas da vida domestica. Sao tres geracoes, 14 pessoas e mais um caozinho a pilhas. Numa casa grande, com piscina e a praia do outro lado das dunas.
sexta-feira, agosto 17, 2007
Thank Allah it's Thursday
O Luís é capaz de levantar uma só sobrancelha, e é quem empresta a casa para as festas de Natal e fim de ano e o que mais houver, uma noite embebedou-se decadentemente em chocolate comigo e com o Gonçalo, sabe japonês e árabe, tem imenso estilo e foi viver para o Cairo há um mês. Ah, e tem um blog. Recomendo.
quinta-feira, agosto 16, 2007
quarta-feira, agosto 15, 2007
americanização
Já gosto de manteiga de amendoim. Logo eu, que tinha tanto orgulho em torcer o nariz à manteiga de amendoim...
terça-feira, agosto 14, 2007
midnight jogging
Esta noite a andar com a prima de cá por boston depois do cinema pus as mãos nos bolsos e ficaram a cheirar a alfazema. Não sei como é que isso aconteceu, mas não interessa porque alfazema é um cheiro feliz.
Para além disso hoje jantei pipocas e um balde de coca-cola. Depois cheguei a casa e nem sei bem porquê, fiz o que já me apetecia desde que cheguei: calcei os ténis e fui correr. À noite não faz calor e há menos trânsito, por isso é melhor para correr*. Desabituada do exercício, corri 0.6 milhas (pouco menos de um quilómetro), diz o google maps, e fiquei cansadíssima. Se me continuar a boa vontade, para a próxima vez vou dois ou três quarteirões mais longe e chego à milha.
*E, ao contrário do que se passou por algum tempo depois do ataque do ovo, sinto-me bastante segura a andar por aí à noite, mesmo sozinha e mesmo com o ipod nas orelhas.
Para além disso hoje jantei pipocas e um balde de coca-cola. Depois cheguei a casa e nem sei bem porquê, fiz o que já me apetecia desde que cheguei: calcei os ténis e fui correr. À noite não faz calor e há menos trânsito, por isso é melhor para correr*. Desabituada do exercício, corri 0.6 milhas (pouco menos de um quilómetro), diz o google maps, e fiquei cansadíssima. Se me continuar a boa vontade, para a próxima vez vou dois ou três quarteirões mais longe e chego à milha.
*E, ao contrário do que se passou por algum tempo depois do ataque do ovo, sinto-me bastante segura a andar por aí à noite, mesmo sozinha e mesmo com o ipod nas orelhas.
segunda-feira, agosto 13, 2007
imagens
Demoro imenso tempo a voltar a tirar fotografias depois de chegar. Não sei se é assim sempre. De facto, eu demoro é imenso tempo a habituar-me a um tipo diferente de paisagem e de beleza. Tudo isto para dizer que já cheguei há duas semanas e só ontem é que tirei fotografias.
Mas é que nem estão nada de jeito. Lá chegaremos.
Mas é que nem estão nada de jeito. Lá chegaremos.
sexta-feira, agosto 10, 2007
hoje
Hoje tenho saudades de portugal, com tudo o que isso significa, e um amigo afiança-me que portugal tem saudades minhas. Com tudo o que isso significa também.
domingo, agosto 05, 2007
deixem-me contar-vos uma coisa que me aconteceu
No sábado voltei a acordar às cinco da manhã. Ao abrir as janelas para arrefecer a casa com o fresco da manhã olhei lá para fora e ali mesmo, a uns metros da minha janela, na driveway do vizinho, estava um homem nu! Sim, completamente nu! Não sei qual dos dois ficou mais surpreendido, se eu se ele. Eu fechei a janela e fui-me barricar na única divisão sem uma janela, a casa-de-banho, até recuperar a compustura. Ele, mais rapidamente que eu, porque ainda tive tempo de ver a reacção dele, deitou-se no chão de barriga para baixo. Porquê deitar-se no chão em vez de se agachar atrás do carro mesmo ali ao pé, ou tapar as partes pudibundas com as mãos, não sei. Enfim. Não estava assim tanto calor que desse vontade de ir refrescar-se nu para a rua...
Mas isto não acaba aqui.
À tarde, fui buscar o meu roommate surreal à estação de comboios, veio passar o fim-de-semana mas esqueceu-se da chave. Se não tivesse esquecido a chave também ia buscá-lo à estação de comboios, que uma pessoa depois fica com saudades, mas isso agora não vem para o caso. O que vem para o caso é que, no sábado à tarde, a voltar para casa (claro que lhe contei logo no caminho sobre a bizarria do homem nu na rua às cinco da manhã), estamos mesmo mesmo a entrar, já passada a porta exterior, eu a abrir a porta interior com a minha chave, que ele esqueceu-se da dele, e ele olha pela janelinha e diz, está ali um homem nu a regar o jardim, e eu, não está nada, e ele, está está, e eu a pensar, está a gozar comigo só pode, estás a falar a sério?, e olho pela janelinha lá para fora, e a uns metros dali, com um ar naturalíssimo, está um homem nu a regar o jardim da casa ao lado, completamente nu!
Pronto, é isso. Só pode ser o mesmo homem. Nu. E pela naturalidade com que regava o jardim da casa ao lado (continuou a regar as flores durante mais um bom bocado) aquilo só pode ser o jardim dele. Ou isso ou é o bom samaritano nu dos jardins cá do bairro.
Ah, o fim-de-semana a matar saudades foi muito bom, obrigada.
Mas isto não acaba aqui.
À tarde, fui buscar o meu roommate surreal à estação de comboios, veio passar o fim-de-semana mas esqueceu-se da chave. Se não tivesse esquecido a chave também ia buscá-lo à estação de comboios, que uma pessoa depois fica com saudades, mas isso agora não vem para o caso. O que vem para o caso é que, no sábado à tarde, a voltar para casa (claro que lhe contei logo no caminho sobre a bizarria do homem nu na rua às cinco da manhã), estamos mesmo mesmo a entrar, já passada a porta exterior, eu a abrir a porta interior com a minha chave, que ele esqueceu-se da dele, e ele olha pela janelinha e diz, está ali um homem nu a regar o jardim, e eu, não está nada, e ele, está está, e eu a pensar, está a gozar comigo só pode, estás a falar a sério?, e olho pela janelinha lá para fora, e a uns metros dali, com um ar naturalíssimo, está um homem nu a regar o jardim da casa ao lado, completamente nu!
Pronto, é isso. Só pode ser o mesmo homem. Nu. E pela naturalidade com que regava o jardim da casa ao lado (continuou a regar as flores durante mais um bom bocado) aquilo só pode ser o jardim dele. Ou isso ou é o bom samaritano nu dos jardins cá do bairro.
Ah, o fim-de-semana a matar saudades foi muito bom, obrigada.
sexta-feira, agosto 03, 2007
Não era aculturação,
era jet lag. Pois que neste momento são um quarto para as dez e eu já estou aqui com vontade de almoçar. (acordei às cinco)
Estou feita.
Estou feita.
quinta-feira, agosto 02, 2007
oito e meia
São oito e meia e já estive no supermercado. O meu frigorífico está uma beleza, agora, cheio de coisas, principalmente vegetais. Pela primeira vez comprei uma endívia, para ver como é. Vou-me fartar de fazer saladas, eu. Tenho mozarella e queijo gruyére, tenho cogumelos dos grandes, tenho atum, tenho feijão frade, tenho, lá está, uma endívia, tenho alface e tomate e pepino e um pimento, tenho bacalhau e tenho grão, e tenho um copinho de água com um molho enorme de salsa lá posto. Já comi lacticínios, que era o que me estava a apetecer deste ontem à noite. Acho que agora vou dormir, que já estou acordada quase à quatro horas, que foi mais ou menos o mesmo que dormi esta noite.
pequeno-almoço
Acordo às 5 da manhã cheia de fome. O supermercado só abre às 7. Já não consigo, como ontem à noite, ficar sem comer até que haja comida de jeito. Após inspecção cuidada da cozinha decido o meu pequeno almoço: um copo de água e muesli a seco. Yuck.
quarta-feira, agosto 01, 2007
go set ready
Desta vez não chorei no aeroporto, quando fiquei sozinha depois das despedidas. Fiquei com um nó na garganta, mas não chorei. Devo estar a habituar-me.
Esta casa esteve vazia dois meses, está quente e cheira a fechado. Pousei as malas e abri as janelas todas, para arejar. Depois desfiz as malas.Tenho fome e não há nada de jeito para comer, só chá, pistachios e caramelos. Vou mas é dormir, amanhã abasteço-me no supermercado.
Esta casa esteve vazia dois meses, está quente e cheira a fechado. Pousei as malas e abri as janelas todas, para arejar. Depois desfiz as malas.Tenho fome e não há nada de jeito para comer, só chá, pistachios e caramelos. Vou mas é dormir, amanhã abasteço-me no supermercado.
de letras
Estou com bom ar, dizem-me e eu concordo, que também me vejo ao espelho, mais bronzeada (na realidade, estou só menos pálida) e mais assimétrica. Para despedidas de portugal, fui cortar o cabelo e disse ao alfredo, meu cabeleireiro de estimação, queria um corte assim com um ar europeu, sabe? Confirma-se a minha teoria, o cerne da europeídade está na assimetria, que foi o que aconteceu à minha franja, sem aviso prévio. Um amigo que sabe sempre o que diz desta vez disse-me "não gosto, parece que andas na faculdade de letras". Mas agora que já estou habituada à franja toda torta, até gosto, e sim, acho que estou com ar de quem anda na faculdade de letras.
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